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Discorso dell’Ambasciatore Carlo Formosa per la Festa della Repubblica Italiana 2 giugno 2022

S.E. o Presidente do Supremo Tribunal Constitucional, Juiz conselheiro João Pedro Caupers
S.E. a Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, Juíza Conselheira Dulce Manuel da Conceição Neto
S.E. o Vice-Presidente da Assembleia da República, Adão Silva
S.E. o Ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva
S.E. o Presidente da Comissão Assuntos Europeus da Assembleia da República, Luís Capoulas Santos
S.E. o Presidente da Comissão Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas da Assembleia da República, Sérgio Sousa Pinto
S.E. o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Francisco André
S.E. o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Marco Capitão Ferreira
S.E. o Secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Jorge Costa
Exmo Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana, Tenente General Rui Manuel Carlos Clero
Exmo Diretor Nacional da Polícia de Segurança Pública, Superintendente Chefe Manuel Magina da Silva
S. E. o Secretário Geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Embaixador Álvaro Mendonça e Moura
S. E. Reverendíssima o Núncio Apostólico, Monsenhor Ivo Scapolo
Suas Excelências as Embaixadoras e os Embaixadores presentes
Senhoras e Senhores,

Assistimos por estes dias a vários eventos que envolvem a participação de muitos convidados e que são concebidos com um sentimento de satisfação por podermos reunir-nos de novo de uma forma plenamente presencial, sem excessivos condicionamentos apesar da atenção ainda necessária.
Mas podermos voltar hoje a celebrar fisicamente, na nossa Embaixada, a Festa da República, desperta nos italianos aqui presentes hoje, em mim pessoalmente e creio que em muitos convidados também, uma emoção especial, ainda mais intensa.
A Itália foi o país que sofreu primeiro, e da forma mais violenta, os efeitos de uma pandemia que na altura manifestou-se no nosso país com toda a sua capacidade de infligir feridas profundas do ponto de vista sanitário, humano, económico e social. É provável que tenha sido precisamente naquele 9 de Março de 2020, quando a oitava maior potência económica do mundo foi forçada, primeira e no coração da Europa, a decretar a quarentena – termo que desde então se tornou tristemente comum – que o resto do mundo também tenha então adquirido a consciência de que a epidemia era uma ameaça generalizada, a enfrentar com uma reação coordenada e partilhada.
Dessa experiência, traumática, terrivelmente dolorosa, a Itália conseguiu reerguer-se, iniciando um ciclo de retoma que beneficia, como os outros Estados-Membros, precisamente desse mecanismo de solidariedade que a União Europeia soube conceber para se defender da ameaça e lançar as bases para a recuperação, e para a proteção das gerações futuras.
Mas dessa experiência a própria União Europeia saiu mais forte, porque emergiu mais consciente da importância incomensurável dos valores que alicerçam a sua arquitetura, de entre os quais, fundamental, a solidariedade.
Um valor que, juntamente com o da justiça, redescobriu o seu impulso propulsor original quando se tratou de agregar novamente a UE numa coesão exemplar no seu apoio convicto à Ucrânia, alvo de uma injustificada e inaceitável agressão militar que está a gerar sofrimentos terríveis para o seu povo e corre o risco de mergulhar de novo a Europa e o mundo inteiro numa nova crise, também económica, da qual nos estávamos, finalmente, a libertar.
É um quadro de complexidade, portanto, o que tem caracterizado este último biénio, mas no qual as relações bilaterais entre Portugal e Itália têm continuado a reforçar-se, a todos os níveis.
Olhando para trás, o último biénio foi caracterizado por uma intensidade e qualidade nas ocasiões de encontro e na ligação bilateral a nível político que nunca tinham sido registadas na história recente. Apraz-me salientar que nos últimos dois anos visitaram Portugal onze membros do Governo, alguns várias vezes, dois Presidentes do Conselho e, ainda em maio, o Presidente da República, Sérgio Mattarella.
Uma intensidade de contactos que reflete bem o desejo e a utilidade de manter um diálogo sobre todos os dossiers de maior relevância, a fim de preservar a estrutural consonância de visões que os nossos dois países encontram nos diversos contextos europeus e internacionais em todas as matérias de maior relevo, incluindo as, fundamentais, da proteção da solidariedade e, portanto, do social e da prevenção das desigualdades entre os Estados da UE e as suas respetivas populações.
Essa sequência de conversações diretas gerou repercussões concretas também no âmbito económico e comercial, como demonstram os dados das nossas trocas comerciais, que atingiram em 2021 um valor recorde de mais de 7 mil milhões, ultrapassando amplamente também o anterior recorde absoluto de 2019.
Resultados excelentes, portanto, para os quais esta Embaixada tem estado constantemente empenhada em dar o seu contributo através da realização de muitas iniciativas que permitiram multiplicar a visibilidade da Itália em Portugal no campo económico, mas também científico, cultural e da valorização da língua italiana.
E colgo l’occasione di questo riferimento all’idioma italiano per passare ad esprimermi nella mia amata lingua, che abbiamo peraltro onorato l’anno scorso con una bellissima celebrazione del settecentenario della morte del Sommo Poeta, grazie alla collaborazione della Fondazione Gulbenkian e della Biblioteca Vaticana, presieduta dal Cardinale Tolentino de Mendonça e che ha prestato i bellissimi disegni del Botticelli dedicati all’Inferno dantesco, sul significato del quale il Cardinale stesso ha pronunciato una indimenticabile Lectio Magistralis.
Ma l’attività di promozione dell’Italia in Portogallo non si è certo esaurita nel solo campo culturale, dove comunque l’Ambasciata e’ stata insignita dall’Associazione dei Musei portoghesi del Premio di miglior promotore di iniziative nel settore. In campo economico-commerciale l’Ambasciata italiana ha infatti prodotto un ciclo di 25 webinar che hanno dato orientamenti immediati su come e dove sviluppare opportunità commerciali o di investimento in Portogallo. Un sistema di coinvolgimento delle nostre rispettive comunità imprenditoriali che, anche grazie agli strumenti digitali, di cui l’Ambasciata si è dotata proprio all’inizio della pandemia per moltiplicare la capacità di contatto e assistenza ai connazionali, ci ha consentito di rilevare l’accresciuto livello di percezione del grado di attrattività complessiva del Portogallo, che trova un eloquente riscontro anche nel veloce incremento della consistenza della collettività italiana qui residente, passata in un solo lustro dai circa 5 mila agli attuali 21 mila registrati Aire. Una presenza sempre più interessata da crescenti quote di connazionali inseriti in settori trainanti per l’economia locale, che concorrono così in modo sempre più attivo alla solidità delle relazioni bilaterali, da sempre fondate su una vicinanza non solo storica, ma anche culturale e valoriale tra i nostri due popoli, e illustrata in modo esemplare e decisivo dalla qualità del dialogo tra le nostre Istituzioni.
A propósito de diálogo institucional, volto agora à língua portuguesa para anunciar, com grande satisfação, que por ocasião da Festa da República italiana estabelecemos uma colaboração com a EGEAC, e no Castelo de São Jorge, nas noites de 4 e 5 de junho, apresentaremos um maravilhoso espectáculo de videomapping dedicado aos Mestres da Arte Italiana, que será acessível a toda a comunidade dos residentes e turistas de Lisboa, para honrar a nossa democracia, que nasceu com o referendo de 2 de junho de 1946, e também para renovar a visivelmente intensa qualidade das relações culturais entre Roma e Lisboa, entre Itália e Portugal. E a este propósito aproveito aliás para recordar que a cidade de Roma é candidata a acolher a Exposição Universal em 2030, portanto esperamos poder contar com mais essa importante oportunidade de encontro.

Viva L’Italia e Viva il Portogallo!